sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ida e Regresso


Voavam em minha mente imagens repentinas
Umas doces e outras tão amargas!
Tudo ao meu olhar mental se descortina...
Os encontros sem horas marcadas
A marca de cada encontro que fica...
As poucas palavras trocadas, sem tempo,
O tudo dito nos gestos e olhares
Vontade e vontade que descombina.

Esquecer você é impossível, é engano,
Estou presa nas mãos profundas do vento,
Ficar sem amá-lo é loucura, é insano!
Crio asas para sonhar-te no firmamento.

Sonho que me leva por caminho lento:
Meu corpo é praia onde a brisa corre,
E ao bel prazer das suas ondas, vaga.
Brinca comigo num cativo e livre chamamento.
És ida e regresso sem fim...
Com longas mãos me abraça e solta,
Arranca-me de mim - Deixa-me em revolta,
Sem marca de calma e sossego, sou eu assim...

Uma nostalgia cresce... Imensa, latente...
Abstrato universo: Enorme sombra escura!
Embutido em uma realidade que tortura
São as agruras do tempo distante, ausente!

Marly Bastos

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Faça como a Águia - Feliz Ano Novo -


Quando as tempestades da vida
Surgem escuras à minha frente,
Me recordo de maravilhosas palavras
Que uma vez eu li.


E digo a mim mesmo:
Quando pairarem nuvens ameaçadoras,
Não dobre suas asas
E não fuja para o abrigo.

Mas, faça como a águia,
Abra largamente as suas asas
E decole para bem alto,
Acima dos problemas que a vida traz.

Pois a águia sabe
Que quanto mais alto voar,
Mais tranqüilos e mais brilhantes
Tornam-se os céus.

E não há nada na vida
Que Deus nos peça para carregar
Que nós não possamos levar planando
Com as asas da oração.

E ao olhar para trás
Verá que a tempestade passou,
Você encontrará novas forças
E ganhará coragem também.